“Epidemia silenciosa” – 15/06/2022
Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM
“Epidemia silenciosa” – O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado nesta quarta-feira, 15 de junho, chama atenção para o enfrentamento da violência contra os idosos. Violência que vai além da agressão física, e pode ser perpetuada também por meio de maus-tratos, negligência, e atos de violência moral, psicológica e patrimonial – em conjunto ou não.
Segundo a advogada Maria Luiza Póvoa Cruz, presidente da Comissão Nacional do Idoso do Instituto Brasileiro de Direito de Família –IBDFAM, a data é importante para conscientizar a população sobre o que acontece, cada vez mais, com esse grupo social. “Precisamos urgentemente combater essa violência e sanar esta epidemia silenciosa que se alastrou entre nós, que é a violência contra os idosos.”
A advogada lembra que, no final de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o número de denúncias no Disque 100, de violações aos direitos humanos contra pessoas com mais de 60 anos, foi 53% maior que em 2019. No total, foram 48,7 mil registros de ligações recebidas pelo dispositivo do Governo Federal.
“O número assustador ainda assim é menor do que a angústia e o abandono destas vítimas e, certamente, é também inferior ao que realmente ocorre de norte a sul do país, tendo em vista que há muita subnotificação. Portanto, lembrar a data também é uma forma de despertar nas pessoas a importância da denúncia e do combate a essa triste realidade”, destaca a especialista.
Maria Luiza Póvoa Cruz pontua que a longevidade da população brasileira aumenta a cada ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a expectativa poderia chegar a 76,8 anos no Brasil, não fosse a crise de mortalidade causada pela Covid-19.
“Este aumento dos velhos na sociedade traz desafios para a família, para a sociedade e para os responsáveis pelas políticas públicas. O abandono, a fome, a violência física e emocional, o isolamento e a falta de acesso ao básico a serviços como vacinas, atendimento médico, remédios e a própria aposentadoria são rotina no nosso país e grandes desafios a serem vencidos”, comenta a advogada.
I Congresso Nacional da Pessoa Idosa
Marcado para 25 de outubro, o I Congresso Nacional da Pessoa Idosa – Perspectivas Existenciais e Materiais pretende promover uma imersão no universo do envelhecimento humano. Maria Luiza Póvoa Cruz garante que os congressistas podem esperar “um debate amplo, sincero e multidisciplinar sobre os vários aspectos da vida da pessoa idosa”.
O 1º Congresso Nacional da Pessoa Idosa do IBDFAM, organizado pela Comissão Nacional da Pessoa Idosa, será totalmente on-line, por meio da plataforma Zoom. As inscrições já estão abertas. Clique aqui e garanta a sua participação.
“Vamos reunir um grupo formidável de juristas, psicanalistas, psicólogos, magistrados, promotores de justiça, advogados, assistentes sociais, médicos e tantos outros profissionais que se dedicam a estudar a longevidade e as consequências decorrentes do envelhecimento populacional”, antecipa a advogada.
“Epidemia silenciosa”
TJDFT lança cartilha e divulga dados de violência contra pessoa idosa
Em atenção ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa,, a Central Judicial do Idoso – CJI do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT lança nesta quarta-feira (15) uma cartilha que aborda mitos e estereótipos presentes no imaginário social acerca da velhice. Na ocasião, também serão divulgados dados estatísticos relativos à violência praticada contra pessoas de 60 anos ou mais no Distrito Federal
A base da cartilha “Quem Nunca?” é a ideia de que a ressignificação da velhice é imprescindível para a construção de uma sociedade que respeita e valoriza os seus idosos, garantindo-lhes dignidade, autonomia e independência nessa fase da vida. A apresentação será realizada em coletiva de imprensa, no Espaço Multifuncional do Fórum de Brasília.
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